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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) afirmou em comunicado nesta terça-feira que a suspensão de resgates e saques dos fundos de investimento do Banco Santos protege o interesse de todos os cotistas. De acordo com a nota, a medida evita que alguns cotistas possam fazer saques com base em valores apurados antes da intervenção. Estes saques poderiam trazer prejuízos para os cotistas que permanecessem nos fundos. A CVM ressaltou ainda que a decisão em nada muda o fato de que o patrimônio dos fundos não se confunde com o da instituição administradora.
A medida foi decretada porque a CVM acatou o pedido do interventor do Banco Santos S.A, Vanio Aguiar, chefe do departamento de supervisão indireta do Banco Central. O órgão determinou a suspensão, pelo prazo de até 30 dias, dos resgates e aplicações em todos os Fundos de Investimento Financeiro - FIFs, Fundos de Aplicação em Cotas de Fundos de Investimento Financeiro FACs e Fundos de Investimento em Títulos e Valores Mobiliários - FITVM administrados pela referida instituição.
No comunicado, a CVM ainda explica que ao deferir o pedido do interventor, a entidade considera a possibilidade de existirem, entre os ativos, títulos de responsabilidade do próprio Banco Santos S.A., bem como outros ativos cujos preços também devam ser revistos. De acordo com a nota, no prazo de 15 quinze dias, o interventor comunicará à CVM sobre a evolução dos fatos, especialmente em relação "à regularidade e precificação dos ativos dos fundos, com o conseqüente eventual ajuste do valor das cotas; e à convocação de assembléia de cotistas dos fundos para deliberar sobre a substituição do administrador, ou outras medidas que foram ou que serão adotadas em defesa dos interesses dos cotistas e do público".
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